A qualidade de vida no município está entre as mais elevadas do país (terceiro lugar dentre 5.600 municípios), de acordo com os padrões da ONU.
Século XVI
A região era muito evitada pelos portugueses por causa da resistência dos nativos locais. Assim, Villegagnon convenceu a Corte Francesa das vantagens de manter uma colônia permanente, de onde a França poderia tentar o controle de comércio com as Índias.
O controle intenso se estendia desde o atual Rio de Janeiro até o litoral de Niterói, ocupando algumas ilhas e praias. A dominação francesa é considerada o inicio da história niteroiense.
A região foi muito bem desenvolvida por Villegagnon, que projetava a Henriville, em homenagem ao rei da França. O comércio com as Índias dava-se de maneira regular e próspera, tornando a Coroa Francesa bem confiante na colônia brasileira.
No entanto, Villegagnon recorreu mais uma vez ao rei Francês e pediu um reforço de quatro mil homens e centenas de mulheres para os franceses se casarem.
Impossibilitado, o soberano decidiu enviar a Henriville um grupo grande de calvinistas, aproveitando para amenizar os conflitos religiosos que aconteciam na França.
Passado algum tempo, os calvinistas regressaram a França, e Villegagnon pode oferecer apenas oitenta homens. Diante das acusações de preconceito e má administração, o navegador Francês teve de voltar a França para explicar-se, deixando em seu lugar Bois-le-Compte, seu sobrinho.
Aproveitando-se da ausência de Villegagnon, Mem de Sá, governador geral do Brasil, resolveu invadir a Guanabara e tomar posse da região, no ano de 1560.
Com uma expulsão quase que total dos franceses de Henriville, o interior do atual Niterói foi ocupado rapidamente pelos fugitivos.
Assim, Estácio de Sá, sobrinho de Mem de Sá, que continuara com o comando da guerra, recorreu à ajuda do cacique de uma tribo tupi, o Araribóia (que quer dizer cobra feroz).
Araribóia havia sido expulso pelos franceses de sua terra natal, a ilha de Paranapuã, o que o fez aceitar o pedido do governador, com a esperança de reconquistar a ilha-mãe.
Na época, Araribóia estava com sua tribo na Capitania do Espírito Santo, onde expulsou os holandeses.
Com o fim da guerra, em 1567, Araribóia recebeu o nome cristão de Martim Afonso. Mas Estácio de Sá resolveu ocupar a ilha de Paranapuã, tornando-a a Ilha do Governador. Para manter a segurança na Baía de Guanabara, Estácio de Sá insistiu a Araribóia para não voltar para Espírito Santo, e o concedeu poder de escolher qualquer uma das regiões da Guanabara. Sem titubear, o cacique tupi apontou para o outro lado da Baía e disse que queria aquela região de águas escondidas, que em tupi guarani é Niterói. O local eram conhecido como Band’Além e foi para lá que Araribóia levou sua tribo, para a vila de “São Lourenço do Índios”. Como monumento de fundação, fora construído a Igreja de São Lourenço dos Índios, até hoje considerada como marco da cidade.
Século XIX
A primeira eleição de vereadores e juiz de paz aconteceu em 11 de janeiro de 1829. Com base na então nova Lei Orgânica, a Câmara foi constituída por sete vereadores, tendo como presidente Marcolino Antonio Leite, o vereador mais votado.No ano de 1834, o atual estado do Rio de Janeiro passou a ser dividido em dois: o Estado do Rio de Janeiro (ocupando o lado leste da Guanabara) e o Distrito Federal, que era a cidade do Rio de Janeiro, a sede do Império Brasileiro.
Um Ato Adicional, realizado no mesmo ano, determinou a nomeação de Niterói como capital da província do Rio de Janeiro. No ano seguinte, 1835, a vila Real da Praia Grande passou a se chamar Nictcheroy, que quer dizer águas escondidas em tupi.
A condição de capital trouxe série de desenvolvimentos urbanos, como a barca a vapor, iluminação pública a óleo de baleia, lampiões a gás, abastecimento de água e novos meios de transporte (bondes elétricos, estradas de ferro, companhia de navegação) para ligar a cidade ao interior do estado.
Nove anos depois, o imperador Dom Pedro I concedeu a cidade de Niterói o titulo de Imperial Cidade. A nomeação era dada em alguns centros urbanos do Brasil no período Imperial, onde as cidades mais importantes recebiam tal status, conferindo-lhes certa autonomia e poder regional.
No final do século XIX, por volta de 1885, foram fundados alguns sistemas de bonde, o que possibilitou a expansão da cidade para o litoral, como Icaraí e os extremos, como Ponta d’Areia e Itaipu.
A revolta da armada em 1893 prejudicou as atividades produtivas e forçou a transferência da sede da capital para Petrópolis, junto à fragmentação de seu território: freguesias próximas passaram a constituir o município de São Gonçalo.
Estação das Barcas, segunda metade do séc. XIX
Construída na segunda metade do sec. XIX a estação da finada Companhia Ferry, além de dar conforto aos passageiros que faziam a travessia para Niterói, ela inovava, também pelo tipo de barco utilizado e pelo uso de pontes de atracação, algo que não existia nas embarcações que faziam a travessia antes, mesmo nas barcaças a vapor da classe “A Especuladora” que começaram a navegar em 1835.
Estação das Barcas atual:
Século XX
Com a amenização da revolta e devido à necessidade da proximidade da capital do estado do Rio de Janeiro com o Distrito Federal, em 1903, Niterói voltou a ser a capital do estado fluminense. Isso ocasionou um novo impulso de modernização na cidade com construção de praças, deques, parques, estação hidroviária e rede de esgotos, além de alargamentos das ruas e avenidas principais.Alguns prefeitos se destacaram no desenvolvimento da cidade. Entre eles e o primeiro de todos, Paulo Pereira Alves. Defensor do meio ambiente e incentivador do potencial turístico da Região Oceânica, foi idealizador da avenida na Praia de Icaraí.
João Pereira Ferraz teve gestão marcada pela urbanização.
Feliciano Sodré continuou o trabalho com objetivo de embelezar e também foi responsável pela implantação da rede de saneamento em alguns bairros.
Ernâni do Amaral Peixoto era o prefeito quando houve o aterro de Praia Grande, os parcelamentos de áreas na Região Oceânica e a construção de avenida que ganhou seu nome.
O Aterro da Praia Grande possibilitou grandes obras de potencia econômicas e turísticas, como o Caminho Niemeyer, o Terminal Rodoviário Urbano, o campus da Universidade Federal Fluminense, a Praça JK e a Estação das Barcas.
Desde os Sec. XIX se pensava em atravessar do Rio para Niterói, de outra maneira que não fosse à realizada por barcos.
Do primeiro projeto que contemplava a praticamente impossível construção de um túnel ferroviário sobre a baia da Guanabara, partindo da ponta do Calabouço, às complexas soluções modernistas dadas por Le Corbusier e Sérgio Bernardes, com projetos de pontes que não só tinham a finalidade férrea e rodoviária, como também, nestas propostas a existência de habitações e até mesmo um complexo sistema portuário na base dos pilares.
Um dos projetos da década de 20 do séc. XX seria essa bela e charmosa ponte pêncil, num estilo que lembra a Golden Gate.
Segundo o projeto, ela sairia da região da praça XV indo até o Gragoatá já na Cidade Sorriso, pois esta é uma das menores distâncias entre os dois lados da baia, desonerando a construção de uma ponte.
Com a construção tanto do terminal terrestre com o de hidros do Santos Dumont, a localização ali, de uma ponte ficou praticamente impossívelvel, sendo a partir dos anos 40 estudadas soluções que levaram a construção da atual ponte.
Mas o maior marco para o crescimento econômico da cidade viria em plena ditadura, quando foi inaugurada a Ponte Presidente Costa e Silva, mas conhecida como Ponte Rio - Niterói, que usou um sistema muito avançado de sustentação, em 1974. Foi o sinal para o redirecionamento de investimentos públicos, da especulação imobiliária, da infra-estrutura e ocupação de bairros da Região Oceânica.
Ponte Presidente Costa e Silva, conhecida como Ponte Rio Niterói.
A ponte inaugurada em 04 de Março de 1974, cruza a Baía de Guanabara ligando as cidades de Niterói e Rio de Janeiro com um comprimento total de 13,29 Km .
Não é a ponte mais longa do mundo, mas está entre as sete maiores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário aqui....