Niterói - Rio de Janeiro - Atrativos Culturais.

Atrativos Histórico-culturais

Museus e Teatros


Museu Antônio Parreiras
Nasceu em Niterói em 20 de Janeiro de 1.860. Iniciou seu aprendizado em desenho, complementado em 1.883 na Academia Imperial de Belas Artes, quando ainda criança. Transferiu-se para a Europa em 1.888, fixando-se em Veneza, onde sofre forte influência dos mestres do passado em especial de Tiepolo Canalleto e Guardi.

Retorna ao Brasil, sendo nomeado professor interino da cadeira de paisagem na Academia de Belas Artes.Jornalista e escritor, publica suas memórias em 1.926. Faleceu em 17/10/1.937. Com a finalidade de preservar e divulgar a obra de Antônio Parreiras foi fundado o Museu Antônio Parreiras, com um acervo que reúne cerca de 600 peças ligadas às mais variadas tendências estéticas da arte nacional além de uma coleção estrangeira bastante significativa.

Instituído pelo Decreto Lei nº 219 de 24 de Janeiro de 1.941, o Museu foi inaugurado em 21 de Janeiro de 1.942 como o primeiro museu brasileiro dedicado a um só artista. Sua sede, antiga residência do pintor, construída em 1.893, está situada em parque arborizado de 5.000 m², formada por três prédios autônomos.

A fachada principal da casa de composição simétrica e janelas retangulares, apresenta um relevo com efínge de Raphael Sanzio, pintor renascentista do séc. 16. Foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Localização: Localiza-se na Rua Tiradentes, 47. Contato: (21) 2719-8728 / 2299-9578. 


 Museu de Arqueologia de Itaipu
O Museu de Arqueologia de Itaipu tem como objetivo principal o desenvolvimento de um programa educativo-cultural voltado para as escolas e a comunidade local, através da divulgação de material arqueológico pré-histórico. Seu acervo é composto por objetos testemunhos dos povos que viveram na região antes de 1.500 e traduzem elementos de sua cultura material.

São machados de pedra, pontas de ossos, lascas de quartzo com variadas funções, polidores, peças cerâmicas e conchas provenientes dos sítios arqueológicos do litoral fluminense. Boa parte dessa coleção - 966 peças - foi doada ao Museu pelo antigo Agente Federal de Fiscalização de Pesca e arqueológico amador Hildo de Mello Ribeiro, que viveu em Itaipu por cerca de 20 anos.

Aberto ao público pela primeira vez em 1.977, o Museu de Arqueologia de Itaipu dispõe de uma sala para exposição de material arqueológico e um espaço para exposições temporárias e eventos diversos na antiga Capelinha do Recolhimento.
Localização: Localiza-se na Praça de Itaipu, s/nº. Contato: (21) 2709-4079 / 2608-2675.




Museu de Arte Contemporânea (MAC)
Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o Museu, construído no Mirante da Boa Viagem, local privilegiado que se debruça sobre as águas da Baía de Guanabara e leva o olhar do visitante até o outro lado, onde estão o Corcovado e o Pão de Açúcar.

Niemeyer afirmava que ao visitar o local "imaginou o museu como qualquer coisa solta na paisagem, um pássaro branco a se lançar sobre o céu e o mar de Niterói"; o que quer dizer um supremo respeito à paisagem.

O Museu conta com a coleção de João Satamini, uma das mais importantes do país, com uma amostragem significativa de tudo que vêm atualizando a nossa arte, desde os anos 50. Mais um passo para tornar Niterói, a Capital da Cultura Brasileira.

O Museu tem sido considerado um referencial turístico mundial. "A arquitetura de Niemeyer está plantada na terra, mais levita".
Inaugurado em 6 de setembro de 1.996.
Localização: Localiza-se no Mirante da Boa Viagem, s/nº. Contato: (21) 2620-2400 / 2620-2481.   





Museu do Ingá / Museu de História e Arte do Estado do Rio de Janeiro
Construída por volta de 1.860, pelo médico José Martins Rocha, a casa é vendida ao Industrial Português José Francisco Correia - Visconde de Sande e depois Conde de Agrolongo (Títulos recebidos em Portugal).

Em 1.903, o Conde retira-se para Portugal e põe a residência a leilão com todos os seus pertences, não aparecendo comprador. Pela mesma época a Capital era transferida de Petrópolis para Niterói e o Governador Nilo Peçanha resolveu adquirir o palacete para sede do governo, consumando-se a venda em 1.904. Durante os 71 anos seguintes, teve o Palácio, 43 ocupantes entre governadores interinos e interventores federais.

Com a fusão, o Palácio perdeu sua finalidade. Foi criada, pelo 1º Governador da Fusão o Vice-Almirante Faria Lima, a Fundação Estadual de Museus do Rio de Janeiro, sendo o Palácio Nilo Peçanha utilizado para a implantação do Museu de Artes e Tradições Populares, inaugurado em 18 de Março de 1.976 e Museu Histórico do Estado do Rio de Janeiro inaugurado em 23 de Março de 1.977.
Funcionaram como unidades administrativas independentes, embora ocupando o mesmo espaço. Porém, em 1.991 através de decreto os Museus passaram a constituir uma unidade com a denominação de Museu de História e Arte do Estado do Rio de Janeiro.

O acervo é constituído de aproximadamente 4.800 peças entre mobiliário, porcelana, acessórios de indumentária, cristais, esculturas, fotografias e numismática; possuía cessão de uso da Pinacoteca Lucílio de Albuquerque com cerca de 120 obras e de diversos artistas como Iberê Camargo, Navarro da Costa, Ângelo Bertoni, Antônio Parreiras, Jordão de Oliveira Nunes, August Petit, Francisco Pons Arnau, Georgina de Albuquerque, Dakir Parreiras e Quirino Campofiorito. Entre as variadas expressões de cultura popular destacam-se peças de indumentária e complementos de folguedos e danças folclóricas, artesanato fluminense e de outros estados, instrumentos de trabalho doméstico e rural, objetos afro-brasileiros, objetos representativos de festas populares, adornos e utensílios domésticos, brinquedos, ex-votos, literatura de cordel, artesanato indígena etc.
Dentre esse acervo variado destacamos peças de Mestre Vitalino, Zé Caboclo, Carrancas do Guarani, esculturas de Mudinho. Ainda funciona uma oficina de gravuras e outra de escultura coordenada pelo artista plástico Maurício Bentes, além de cursos, teatro, música, diversas exposições e eventos variados.
Localização: Localiza-se na Rua Presidente Pedreira, 78.  Contato: (21) 2299-9575 / 2299-9577.


Solar do Jambeiro
Foi construído em 1.872 pelo português Bento Joaquim Alves Pereira, que no entanto, nunca residiu nele. Em 1.892 foi vendido ao diplomata dinamarquês Georg Christian Bartholdy após ter servido de residência ao Médico Julio de Magalhães Calvet e ao pintor Antônio Parreiras.

De acordo com descrição técnica do SPHAN, o sobrado apresenta fachadas totalmente revestidas de azulejos portugueses de padrão e beirais constituídos por telhões de louça.

Ao centro da fachada principal, no térreo, uma varanda-pórtico com estrutura de ferro fundido e lambrequins documentando a presença de elementos da Revolução Industrial. Sobre o vão central aparece à data de 1.872 em cartela desenhada em azulejos.

As janelas em folhas de vidro e postigos interiores apresentam bandeiras, também em vidro, com desenhos de taça da qual saem curvas caprichosas. Segundo o mesmo técnico os azulejos desse prédio constituem um dos mais importantes conjuntos de azulejos do século XIX existentes no Brasil.

O salão Rosa, com seu teto representando as estações do ano, é tido como um dos mais bonitos existentes em casas particulares do Brasil.
Localização: Localiza-se na Rua Presidente Domiciano, 195. Contato: (21) 2109-2222 / 2109-2223. 


Teatro Municipal João Caetano
O Teatro Municipal João Caetano foi reinaugurado em 1.995, após uma profunda restauração. O projeto de recuperação encarou um grande desafio que era respeitar os aspectos históricos e ao mesmo tempo dotá-lo de modernidade. Ao longo de sua história, o teatro sofreu sucessivas obras de reformas que foram alterando a forma original do prédio, adaptando espaços e desfigurando seus núcleos históricos, dando origem a um prédio com características de diferentes épocas. No entanto, a fachada manteve as linhas arquitetônicas neoclássicas da reforma de 1.888 e 1.889.

A filosofia adotada no projeto de restauração foi a de manter as intervenções de qualidade, resultantes das reformas anteriores e eliminar as que não respeitavam seu caráter estilístico. Dessa forma, foram demolidos os anexos incompatíveis com o conjunto. Suas fachadas foram restituídas com os ornatos identificados em iconografias existentes, mantendo a volumetria e os aspectos estéticos do antigo prédio, devolvendo-lhe suas características ecléticas.

Atualmente, o conjunto do teatro é composto por três corpos edificados: o teatro propriamente dito, os anexos (camarim e operacional) e o prédio administrativo, o qual abriga a Sala Carlos Couto. Para marcar as diferentes funções e as épocas diversas, optou-se por diferenciado tratamento cromático.
Localização: Localiza-se Rua XV de Novembro, 35.  Contato: (21) 2620-1624.





Igrejas e Fortes

Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora
A pedra fundamental da Igreja Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora, foi lançada no dia 24 de Maio de 1.902, no bairro de Santa Rosa.

O título de Nossa Senhora Auxiliadora foi criado por São Pio V, quando da grande batalha de Lepanto, em 1.571, na ocasião em que os turcos se preparavam para invadir Roma. São Pio V confiou a batalha a Nossa Senhora, e os cristãos saíram vitoriosos.

Mais tarde, numa investida de Napoleão Bonaparte contra a igreja, São Pio VII instituiu a festa de Nossa Senhora Auxiliadora no dia 24 de Maio, em reconhecimento à proteção dada ao Papa prisioneiro de Napoleão. Dom Bosco, empolgado, passou a divulgar o dia da festa da Santa.

Projetada, em estilo gótico, pelo engenheiro salesiano Domingos Delpiano, a nova igreja substituiu a modesta capela construída pelo padre Miguel Borguino, no ano de 1.884. Em 24 de Dezembro de 1.918, com a construção ainda em andamento, a nova igreja começou funcionar. Sua sagração litúrgica, entretanto, só a efetuaria no dia 30 de Setembro de 1.950, Dom Orlando Chaves, Bispo salesiano de Corumbá, ex-diretor do Colégio Salesiano Santa Rosa, dono de uma grande folha de serviço prestados à construção daquele santuário.

Em 1º de Junho de 1.944, o Bispo Dom José Pereira Alves transferiu a sede da paróquia para a Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora, nomeando seu primeiro Vigário Ecônomo o padre Francisco Xavier Lanna. No dia 12 de Setembro de 1.950, Sua Santidade, o Santo Padre Pio XII elevava à categoria de Basílica a Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora. Para comemorar o Ano Santo, Dom João da Mata Andrada e Amaral, Bispo Diocesano de Niterói, promoveu o Congresso de Nossa Senhora Auxiliadora e da Paz Social. O Padre Virgínio Fistarol, quando vigário da paróquia, promoveu a aquisição de um órgão, considerado então o quinto do mundo pela sua grandiosidade. Construído pela firma Tamborini, na Itália, possui cinco teclados manuais e um pedaleiro de 32 notas e 134 registros, usando em suas ligações 55 quilômetros de fios. Foi inaugurado, solenemente, no dia 15 de Abril de 1.956, pelo maestro Ângelo Germani organista da Basílica de São Pedro, de Roma, especialmente convidado.
Localização: Localiza-se na Rua Santa Rosa, 207. Contato: (21) 2715-3350.



Capela de Santa Bárbara
Construída no século XVII, por Martins de Sá, então Governador do Rio de Janeiro.

Está assentada sobre a rocha viva, numa colina na entrada da baía de Guanabara, dentro de um pátio da Fortaleza de Santa Cruz da Barra, no exato local onde existiu, anteriormente, a bateria de dois canhões, instalada em 1.555 por Nicolau Durand du Villegaignon.

Em 1.585, o Padre José de Anchieta, em sua carta ânua, dizia, entre outras informações de grande importância, estar à cidade do Rio de Janeiro bem defendida não só pela Fortaleza de São Sebastião, mas por várias outras, entre as quais se destacava a bateria de Nossa Senhora da Guia, mandada construir no ano anterior por Salvador de Sá.

Em 1.623, a aludida bateria, depois de reconstruída, passou a chamar-se Fortaleza de Santa Cruz da Barra, substituindo uma outra desativada no Rio de Janeiro, onde hoje se encontra a Igreja de Santa Cruz dos Militares, na Rua Primeiro de Março.
 
Ao entrar no Forte propriamente dito, vê-se logo, à esquerda, em ótimo estado de conservação, a Capela de Santa Bárbara, bem característica do século XVII, abrigando uma linda imagem de tamanho natural. Segundo a lenda existente na Fortaleza, as tentativas feitas no passado, no sentido de transferir a santa para outro local, sempre se malograram. De forma inexplicável, o mar infalivelmente se revoltava e o tempo se tornava tempestuoso, impedindo sua trasladação.

A capela foi reconstruída em 1.912, por determinação do Coronel Inocêncio Ferreira de Oliveira, então comandante da Fortaleza de Santa Cruz. Deve-se ainda ao mesmo coronel a iluminação elétrica da famosa fortificação.

As missas na capela são rezadas no terceiro Domingo de cada mês pelo padre disponível das igrejas mais próximas: São Pedro, Nossa Senhora da Conceição da Várzea e São Francisco.
Localização: Localiza-se na Estrada General Eurico Gaspar Dutra, s/nº.  Contato: (21) 2711-0462.


Fortaleza de Santa Cruz
A Fortaleza de Santa Cruz, com seu complexo arquitetônico imponente e grandioso, causa ao observador o impacto do susto e o apaziguamento da beleza.

As celas de prisioneiros, a lembrança das câmaras de tortura, as grades impenetráveis que miram a antiga forca vigiada por guarita interna, as marcas de fuzilamento no paredão, falam de tempos remotos e até mais recente que devem ser documentados para não serem repetidos; a capela de Santa Bárbara, em estilo colonial, a visão do mar e do céu em eterno encontro e a presença da força do homem em construção que desafia a natureza, são elementos representativos da esperança de que a Fortaleza seja, para sempre, apenas isto: um documento histórico da capacidade humana, um lugar em que se encontre a possibilidade de reverenciar o encontro da produção cultural, artística e artesanal com o mundo natural.
Localização: Localiza-se na Estrada Eurico Gaspar Dutra, s/nº.  Contato: (21) 3611-1209 / 2710-2354.









Forte da Boa Viagem
A Ilha da Boa Viagem, na ponta da Praia do mesmo nome, revela e oculta dois monumentos arquitetônicos do período colonial. Fincada em seu topo, solitária e poeticamente contemplando a baía de Guanabara, a Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem se oferece aos olhos dos que a contemplam. Ocultas sob a vegetação, abaixo da Igreja, escondem-se as ruínas de uma fortificação que, no final do século XVII início do século XVIII, foi erguida com o nome de Forte da Barra, logo depois chamado Forte da Boa Viagem.

Como todas as fortificações erguidas na época, em Niterói, sua função era a de vigiar e proteger a Baía de Guanabara. Em 1.810, com o aumento do movimento no Porto do Rio de Janeiro, a Ilha serve como local de isolamento para a quarentena de viajantes procedentes de lugares com doenças epidêmicas ou contagiosas. Durante esse período, e até o ano de 1.876, o Forte da Boa Viagem abriga a Escola de Aprendizes de Marinheiros, mesmo tendo sido o seu arsenal desativado em 1.861, juntamente com o de todas as fortificações brasileiras.

Em 1.937, quase em ruínas, o Forte é entregue, junto com todo o conjunto da Ilha, para guarda e conservação, aos Escoteiros do Mar, orientados pelo Almirante Benjamim Sodré, considerado, até sua morte, em 1.982, o guardião da Ilha da Boa Viagem e o sineiro de sua Igreja.
Localização: Localiza-se na Praia da Boa Viagem, s/nº.  Contato: (21) 2710-6581.





Forte do Gragoatá
Localizado na ponta do Gragoatá, com ampla visão da entrada da Baía de Guanabara, o Forte do Gragoatá foi construído entre os séculos XVII e XVIII, com o nome de Forte de São Domingos, em homenagem ao patrono da capela construída em 1.652, hoje matriz de São Domingos.

A data de sua construção é dado histórico contraditório, que oscila de 1.610 a 1.710, conforme a fonte consultada e os registros citados pelos historiadores: Salvador da Mata e Silva fixa o início da construção em 1.610 e afirma ser o Gragoatá o segundo forte mais antigo de Niterói; os arquivos do IPHAN registram que o Forte já existia em 1.660, quando vários oficiais se dirigem à Coroa portuguesa, solicitando sua conservação e reparação; José de Souza Pizarro de Araújo, em Memórias Históricas do Rio de Janeiro, considera a construção anterior a 1.698, por haver a Carta Régia de 17 de Novembro desse ano mandado pagar a Pedro de Barros a despesa de obras realizadas no Gragoatá; finalmente, Aníbal Barreto afirma que a construção do Forte se deu por volta de 1.710, contando com 10 peças de artilharia e 426 balas, segundo relatório de Antônio de Brito Menezes à Corte Portuguesa. A 230 metros de altura, no morro do Pico, com entrada pelo Forte Barão do Rio Branco, estão plantadas as ruínas do conjunto arquitetônico que, no século XVIII, abrigou as fortificações do Pico ou São Luiz.

O Forte do Gragoatá, que faz limite com a praia e a praça de mesmo nome, com seus muros brancos e sólidos, suas guaritas como que dependuradas sobre o mar, seus velhos canhões desativados e seu portão solene em madeira de lei, já abrigou a Seção de Comando do Grupamento Leste da Artilharia de Costa e hoje é sede do Comando da 2ª Brigada de Infantaria, sendo monumento tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Localização: Localiza-se na Praia do Gragoatá, 145.




Forte do Pico ou de São Luiz

Em 1.715, dá-se início à construção do Forte do Pico, que tem suas instalações inspecionadas, em 1.762, pelo Marquês do Lavradio, considerando-se o Forte em condições de funcionamento em 1.770.

Atualmente, as construções do Pico ainda preservam com imponência e grandiosidade guaritas e muros de pedra já cobertos de vegetação, dois imponentes portões de acesso, corredores, galerias e túneis carregados de mistério e largos pátios rochosos. Do alto do Pico, avista-se, de um lado, Fortaleza de Santa Cruz, o Morro da Urca e o Pão-de-Açúcar, e de outro, o Forte do Imbuí e a infinitude atlântica, numa visão absolutamente deslumbrante.
Localização: O acesso e feito pelo Forte Barão do Rio Branco. Contato: (21) 2711-0462 / 2710-7840.




Fortes do Imbuí e Barão do Rio Branco
 Na Praia de Fora, hoje conhecida como praia do Forte Rio Branco, foi criado em 1.555, um Observatório que, em 1.567, é armado e transformado em Bateria, com a construção das primeiras bocas de fogo. Essa Bateria derrota, em 1.596, a esquadra holandesa chefiada por Van Noorth e, em 1.710, a expedição francesa de Duclerc.

Em 1.863, na Ponta do Imbuí, teve início à construção da fortificação nascida com o nome de Forte D. Pedro II, a cargo do engenheiro militar niteroiense Henrique de Beaurepaire Rhoan, encarregado pelo Imperador da execução de um plano de melhoramento das fortificações do litoral fluminense.

O projeto inicial previa a ligação por terra à Bateria da Praia de Fora, criando-se, assim, a necessidade de construção de um segundo forte, inicialmente chamado Forte da Praia de Fora. Em 1.893, esse Forte passa a denominar-se Forte Marechal Floriano Peixoto, em virtude da posição tomada pelas guarnições militares sediadas naquela região em defesa do Presidente. A 25 de Novembro de 1.938, passa a chamar-se Forte Barão do Rio Branco, em homenagem ao diplomata. À frente de seu portão de entrada estão os dois canhões que abriram fogo contra Duguay Trouin, na invasão francesa de 1.711.

A construção da fortificação mais tarde denominada Imbuí ficou paralisada por alguns anos, tendo sido reiniciada em 1.893, por ocasião da Revolta da Armada. São então colocadas as cúpulas de ferro e níquel importadas da Alemanha, instalados os canhões alemães Krup e construídas as torres para os canhões. O construtor da época utilizou cantarias de pedras retiradas da própria costa e cimentadas com óleo de baleia, cal de conchas e mariscos. Finalmente, a 24 de Maio de 1.901, são inauguradas as instalações do Forte, então denominado Forte do Imbuí, que está desativado há vinte e um anos.

Os dois fortes são ligados por pequena estrada cercada de árvores e praias e compõem, com o Forte do Pico, um conjunto localizado numa área de três milhões e duzentos mil metros quadrados, dos quais 2.800.000 m² são áreas preservadas de Mata Atlântica, com manifestações zoológicas (preguiças, saguis, corujas nativas, etc...)
Localização: Localiza-se na Avenida Marechal Pessoa Leal, 265.  Contato: (21) 2711-0366.
   


Igreja de Nossa Senhora da Conceição
Já existia em 1.663, contemplada com uma verba testamentária de 25 mil réis deixada por José Gonçalves, falecido naquele ano.

A escritura de doação dos terrenos foi celebrada em 27 de Agosto de 1.671 pelos herdeiros de Araribóia: Gaspar Soares de Sousa e sua mulher, Maria Sousa; Sebastiana Soares e seu marido, João da Rocha Paris; Margarida Soares, viúva de Vicente Miranda, e Violante Soares, viúva de Domingos Araújo. A escritura foi celebrada no alpendre da Ermida de São Domingos, sendo tabelião Manuel Cardoso Leitão. Celebrou-se o Te Deum comemorativo da criação da Vila Real da Praia Grande, cantado pelo Vigário José Joaquim de Ávila, com a presença de homens do governo e do povo.

Foi matriz provisória, de 1.819 a 1.829, e efetiva de 1.829 a 1.831, abrigando durante todo esse tempo a imagem de São João Batista, padroeiro da Cidade, trasladada da primitiva Igreja de Nossa Senhora das Necessidades, em Icaraí, e depois transferida, em procissão solene, para sua nova morada, quando se inaugurou a primitiva Capela de São João Batista, no centro da Cidade.

Em 1.820, foi reconstruída a escadaria e colocada grade de ferro, devido às obras de arruamento da Rua da Conceição.

Reformada, de 1.881 a 1.882, pelo construtor João Antônio dos Santos Guaraciaba, recebeu sinos novos, oferecidos por Luís Paulino de Santana, e foi inaugurada, a 3 de Dezembro de 1.882, pelo Vigário de São João Batista, Monsenhor Luís Raimundo da Silva Brito. Foi matriz provisória de 1.885 a 1.886, durante as reformas da catedral.

Sofreu reformas em 1.905, 1.912 e 1.919, quando tomou a feição atual, sendo benta a 4 de Dezembro de 1.917.

A irmandade da Conceição, instituída em 1.736, tomou o nome de Confraria de Nossa Senhora da Conceição de Niterói, em 1.850, por provisão passada pelo Bispo do Rio de Janeiro, Dom Manuel do Monte Rodrigues de Araújo, Conde de Irajá.
Localização: Localiza-se na Rua da Conceição, 216. Contato: (21) 2717-0154. 







Igreja de São Lourenço dos Índios
Em 1.627, a Capela de São Lourenço dos Índios registrou seu primeiro batismo, autorizado pelo Prelado Administrador do Rio de Janeiro, Mateus da Costa Aboim.

Em 1.769, foi construída uma nova capela mais sólida, de pedra e cal, substituindo a anterior, feita com paredes de taipa e coberta de palha como as ocas dos índios. Media 90 palmos de comprimento por 30 palmos de largura.

Em seu adro, outrora cemitério dos índios, representou-se, em 1.686, o "Auto de São Lourenço", de José de Anchieta, ensaiado pelo Padre Manuel de Couto. Foi, sem dúvida, a primeira manifestação teatral registrada no Brasil. Embora humilde e no alto de um morro, a Igreja de São Lourenço dos Índios foi elevada à categoria de matriz.

A igreja foi totalmente restaurada em 2.000/2001. Somente o piso de lajota de barro cozido está desgastado pelo passar dos fiéis de tantas gerações. O retábulo do altar-mor foi considerado por Lúcio Costa um padrão de arte jesuítica.

Apesar das reformas sofridas, em virtude da fragilidade da construção e em função do tempo decorrido, a Igreja de São Lourenço dos Índios, hoje tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, é a única relíquia no gênero, lembrando a sesmaria de Araribóia, o ventre, a matriz de onde surgiu Niterói.

Em 1.933, a igreja foi entregue pelo Bispado à Prefeitura e, em 1.939, incorporado ao patrimônio Municipal como Monumento Histórico da Fundação de Niterói. Suas reformas maiores foram realizadas nos anos de 1.840, 1.869 e 1.933 e 2.000, todas respeitando, o quanto possível, as linhas arquitetônicas originais, entretanto, a última foi além de uma reforma, ela foi totalmente restaurada e a cidade recebeu como presente no seu aniversário de 428 anos (22 de novembro de 2001) esse belo exemplar da arquitetura jesuíta totalmente recuperado.

Pairando sobre todas as controvérsias, a Igreja de São Lourenço dos Índios é a mais antiga igreja da Cidade de Niterói.
Localização: Localiza-se na Praça General Rondon, s/nº. Contato: (21) 8174-4384. 





 

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